Após comentário homofóbico jornalista é demitido da CNN Brasil

Os comentários de Leandro Narloch associando a população homossexual à promiscuidade resultaram em sua demissão. O conselho da CNN Brasil decidiu dispensar o comentarista no começo da tarde desta sexta-feira (10). O contrato foi rescindido unilateralmente.

A partir de agora, ele está fora de todos os telejornais da emissora. Ainda não há definição sobre substituto para o posto.

O comentário de Narloch gerou indignação por usar termos como “opção sexual”, restringir a contaminação por HIV à população homossexual e associá-la à promiscuidade.

A título de informação, de acordo com o Boletim Epidemiológico do Ministério da Saúde, entre 2007 e 2019, 248.520 pessoas (homens e mulheres) se infectaram no país pelo vírus HIV a partir de relações sexuais. Destas, 105.014 eram LGBT+. Isso representa 42% do total. Ou seja: 58% dos infectados, a maioria, era heterossexual.

Nas redes sociais, foram muitas críticas direcionadas ao comentarista, que negou ser homofóbico, mas chegou a dizer que existe, sim, “opção sexual”, apesar de ele “não ter certeza”.

Alguns reclamaram do termo “opção” e não “orientação” sexual. Aí discordo. Acho que existem as duas coisas: gays e lésbicas que o são por orientação e outros que optaram. Mas não tenho certeza sobre isso, é uma boa discussão para o futuro. 4/5

— Leandro Narloch (@lnarloch) July 8, 2020

A coluna apurou que o comentário foi mal avaliado pela direção da CNN, que considerou ter havido homofobia.

Procurada, a emissora confirmou a dispensa de Narloch e enviou nota: “A CNN Brasil comunica que decidiu rescindir o contrato do jornalista e escritor Leandro Narloch. A empresa agradece pelos serviços prestados no período em que ele fez parte de nossa equipe de analistas e deseja sucesso no seguimento da carreira”.

 

O comentarista não é a primeira mudança da CNN Brasil nesta semana. Na última quinta-feira (9), Augusto de Arruda Botelho deixou o quadro “Grande Debate”, mas seguirá na emissora.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Fonte: Colunista Fefito UOL

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